segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Gestão Pública e Responsabilidade Social
Empresas do setor alimentício e RS: é possível?
Por Caren Baraúna, Larissa Mahall e Samara Silveira
O grau de adoção e aceitação das empresas em relação a RS é diverso e, muitas vezes causa confusão entre obrigação e inovação. Na pesquisa do livro da Patrícia Ashley (no livro Ética e Responsabilidade Social nos Negócios), sobre os itens que levam as organizações na adoção da RS estão os seguintes itens do porquê ter RSE:
* aplicar o Código do Consumidor;
* cumprir com prazos de pagamento;
* negociar preços com público;
* selecionar fornecedor com planejamento e
* educar consumidores.
Por meio disso, constata-se que muitas empresas ainda preocupam-se apenas em cumprir deveres e normas e, divulgam isso como empresa nota 10. Imagem e identidade empresarial não são trabalhadas da mesma forma, evidenciando incoerência de atividades, por exemplo.
Assim que implantada, a Responsabilidade Social Empresarial causa mudanças em procedimentos e pensamento, pois vai ao encontro do planejamento financeiro e administrativo da empresa. Além disso, a RSE deve estar enraizada na cultura organizacional, para então gerar resultados eficientes e coerentes com a cultura, identidade e públicos da organização.
Dentre os setores da economia em que mais se verifica a dificuldade de se implementar programas de RS estão as empresas de comércio de alimentos – os supermercados. Isso pôde ser constatado em pesquisa realizada para verificar a receptividade e intencionalidade de adoção dessas atividades em empresas do ramo.
Para isso, foram elaborados 49 indicadores, divididos em três níveis de desafios relacionados. Entre eles:
- Verificar a origem dos produtos vendidos;
- Elaborar uma política de preços justos;
- Identificar o impacto das embalagens dos produtos no meio ambiente;
- Manutenção de bom relacionamento com os empregados e fornecedores;
- Adoção de uma política para a escolha dos fornecedores (verificar se utilizam mão de obra escrava, como se dá sua cadeia produtiva).
Naturalmente, é impossível que as organizações atendam a todos os 49 indicadores propostos, mesmo porque a combinação deles é utópica e jamais seria alcançada. No entanto, nota-se o desinteresse dessas empresas em fazer o mínimo. Muitos acreditam que a RS está relacionada somente a qualidade no atendimento e nos serviços, preços, cargas horárias e salários justos.
Assim, percebemos a necessidade dessas organizações em pensar nos públicos que precisam ser priorizados, de modo a iniciar a gestão socialmente responsável efetivamente nesse setor.
Novamente há dicotomia entre ideal x possível na aplicação da RS e cópia de modelos prontos, desconsiderando a realidade da organização. É preciso manter também, o senso crítico e criatividade nas atividades e discurso para então melhorar a qualidade de procedimentos e relacionamento com os públicos.
Por fim, destaca-se que RS deixou de ser tendência ou agrado para clientes, mas sim uma postura de empresa cujo objetivo é potencializar estrategicamente seus recursos disponíveis; não visando a capital financeiro, mas boa reputação entre as pessoas, pois com as mídias sociais, principalmente, a empresa fica mais exposta , devendo agir e dialogar efetivamente.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Responsabilidade Social em alta no mercado financeiro
A RS nessas instituições consiste principalmente em ações voltadas para a questão ambiental., investindo assim em redução no consumo de energia e papel e também a educação ambiental para os funcionários. Outra prática dessas instituições é o crédito dado a empresas consideradas social e ecologicamente responsáveis. Dessa forma, os bancos tornam-se, de forma indireta, fomentadores das práticas de RS.
Preocupação com lucro e desempenho financeiro é constante para as empresas. Para apurar tal desempenho econômico, as organizações contam com os indicadores de índices econômicos, financeiros; modelo de avaliação de mercado e indicadores de análise de ações, além dos índices de rentabilidade - relação que permite avaliar o desempenho da empresa, relacionado ao lucro gerado pela atividade empresarial decorrente dos investimentos realizados - e indicadores de análise de ações que avaliam os reflexos do desempenho da empresa sobre suas ações.
Além de ser de grande utilidade para os analistas de mercado e acionistas como parâmetros de apoio às suas decisões e investimentos, esses itens geram confiabilidade em determinado banco. O sistema financeiro possibilita a transferência de recursos entre agentes superavitários e deficitários. Como estratégias para este sistema as empresas investem na educação ambiental e treinamentos específicos dos funcionários; nos processos internos, incentivando a redução do consumo de energia, água e materiais; parcerias com fornecedores de serviços especializados; posicionamento da empresa diante de seus diversos públicos como empresa cidadã.
A Responsabilidade Social tornou-se um fator estratégico no planejamento dessas organizações, muito por exigência do mercado que cobra mais do que assistencialismo; cobra ética e transparência nos negócios. O gerenciamento ecológico visa à mudança do pensamento ambientalista, tendo uma visão ética mais profunda em prol da sociedade, objetivando minimizar o impacto ambiental e social, integrando a responsabilidade ambiental aos processos administrativos.
Dito isso, a prática da RS deve adequar-se a cultura, identidade e públicos que possui, para não contrariar,mas corresponder ao seu contexto social.
Ademais, deve-se relembrar que toda mudança de postura e planejamento interfere nas rotinas e atividades. Cada escolha é uma renúncia, então, ao optar pela RS, a empresa deve abster-se de hábitos incoerentes e errados. Deve-se atentar também que, sustentabilidade empresarial não se restringe à natureza, mas a outros processos que devem trabalhar sinergicamente (público interno, fornecedores, governo, qualidade de produto/serviço). O meio ambiente é apenas uma peça, do quebra-cabeça do socialmente responsável. Novamente se destaca a integração no pensar e agir.